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Suplementação nutricional na prática clínica: o que um nutricionista deve observar com atenção?

Suplementação nutricional: o que todo nutricionista deve saber e aplicar nos tratamentos de seus pacientes?

Interações medicamentosas, estado nutricional do paciente, evidências científicas de eficácia, efeitos colaterais, contraindicações e a duração do uso são algumas das observações que os nutricionistas devem fazer antes de prescrever um suplemento.

A prescrição de suplementos alimentares pelo nutricionista é regularizada desde 1991 pela Lei nº 8.234, tendo sido atualizada em 2006, com a Resolução nº 390 do Conselho Federal de Nutrição.

Atualmente, prescrever suplementos tornou-se mais do que uma possibilidade. Com 99% da população consumindo vitaminas e minerais em quantidade insuficiente, os suplementos são verdadeiros aliados na luta contra a anemia, desnutrição proteica, distúrbios hormonais, deficiência de vitamina D e tantas outras patologias.

Mas não basta apenas suplementar. É importante estar atento(a) sobre a real necessidade do suplemento e buscar justificativas viáveis para cada prescrição.

Por isso, confira a seguir mais detalhes sobre o que todo nutricionista deve prestar atenção na hora de prescrever os suplementos e demais aspectos importantes sobre suplementação nutricional.

1. Interação entre suplementos e medicamentos 

O primeiro passo antes de prescrever um suplemento é considerar os medicamentos que o paciente já faz uso. Algumas vitaminas e minerais influenciam na eficácia e podem aumentar ou reduzir os efeitos esperados.

A vitamina K, por exemplo, interfere na eficácia dos anticoagulantes, enquanto a vitamina B6 pode reduzir a eficácia de alguns medicamentos para Parkinson. Antes de prescrever, informe-se sobre todas as possíveis interações-medicamentosas.

2. Necessidades individuais do paciente

Cada paciente apresenta um peso, altura e características antropométricas distintas. Nesse sentido, as necessidades nutricionais individuais devem ser coerentes e adaptadas a cada caso.

Uma pessoa que pesa 80 quilos não tem a mesma necessidade protéica do que uma pessoa de 60 kg e vice-versa. A avaliação nutricional detalhada é muito importante para definir a quantidade ideal de carboidratos, proteínas e gorduras, principalmente quando a ideia é a suplementação nutricional.

3. Evidências científicas confiáveis

A suplementação nutricional deve ser confiável e sempre recomendada por profissionais de nutrição. Nem todos os suplementos têm respaldo científico. Alguns são apenas mais um produto criado pela indústria para gerar lucro. Apoie-se sempre na ciência e jamais prescreva suplementos com eficácia questionável.

4. Orientações para uma boa escolha

Outro ponto de importância na hora de prescrever suplementos é orientar os pacientes a escolherem as opções mais saudáveis. Muitas marcas enganam o consumidor final com alegações absurdas e manipulação dos ingredientes. Portanto, é ideal conhecer os mitos e sacadas do marketing para informar seu público-alvo corretamente.

5. Dosagem adequada e segura

Todo suplemento, vitamina, mineral ou princípio ativo tem suas próprias recomendações dietéticas por grupo, gênero e idade, assim como os limites máximos de ingestão diária. Ficar por dentro das tabelas de segurança evitará possíveis efeitos colaterais, impedindo casos de superdosagem.

6. Contraindicações de cada suplemento

Considerar as patologias e problemas de saúde já existentes é primordial. Nem todo mundo pode tomar suplementos. Pacientes renais e hepáticos, por exemplo, não devem usar módulos de proteínas. O mesmo acontece com pacientes cardíacos, que devem evitar o uso de estimulantes energéticos. Investigue os possíveis efeitos colaterais e contraindicações de cada opção.

7. Estado nutricional atual

Pessoas em processo de emagrecimento podem precisar mais da ajuda dos suplementos do que os pacientes com peso saudável. As dietas para emagrecer reduzem o aporte calórico e a disponibilidade de alguns micronutrientes.

Por isso, sempre peça exames de dosagem de vitaminas e minerais antes de prescrever um suplemento. A prescrição de exames também é uma das atividades privativas do nutricionista, conforme a Lei nº 8234.

8. Histórico de alergias e intolerâncias alimentares

Se o paciente já teve histórico de alguma doença, isso deve ser considerado na hora de prescrever suplementos. O mesmo vale para alergias e intolerâncias. Algumas pessoas têm alergia até mesmo aos componentes da fórmula dos suplementos.

Investigue cada caso a fundo e não deixe de fazer peguntas simples e objetivas sobre a história clínica e patológica, evitando considerar apenas o quadro atual.

9. Frequência e duração de uso 

A maioria dos suplementos devem ser usados até a correção da deficiência nutricional ou até que a meta de peso seja alcançada. Dicas básicas para não errar nesse quesito é começar com baixas doses e determinar o tempo total de uso ainda na primeira consulta.

10. Condições financeiras do paciente

Suplementos alimentares podem ser caros e inacessíveis em alguns casos. É papel do nutricionista adequar o plano alimentar à realidade de cada indivíduo. Algumas pessoas não tomam suplementos por falta de hábito ou por questões pessoais. Certificar-se da adesão e avaliar o grau de comprometimento do paciente poupa tempo e abre leques para outras abordagens tão bem sucedidas quanto a suplementação.

Dica Fundamental: faça uma pós-graduação em suplementação 

A pós-graduação em Comportamento Alimentar e Nutrição Funcional capacita nutricionistas a prescreverem suplementos corretamente, respeitando a dosagem diária e fornecendo orientações seguras de uso.

Se você prescreve suplementos regularmente, mas ainda não domina as técnicas de prescrição e escolha, a especialização em suplementação é a mais indicada. Conforme algumas pesquisas, profissionais especialistas têm mais chances de conseguir emprego na área e ganham mais.

Então não perca mais tempo, mantenha-se atualizado(a) no mercado de trabalho, faça sua pós-graduação em Comportamento Alimentar e Nutrição Funcional no Instituto LG e saia na frente!

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