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A relação entre a microbiota intestinal e a obesidade

O aumento da inflamação crônica no corpo explica a relação entre a microbiota intestinal e a obesidade. Sendo uma das doenças que mais avançam no planeta, a obesidade pode ser prevenida ou evitada com abordagens terapêuticas simples e acessíveis.

Dentro da prática clínica essas abordagens podem ser a prescrição de fitoterápicos e suplementos anti-inflamatórios, exames de acompanhamento nutricional, uso de probióticos e prebióticos, dentre várias outras.

Estima-se que aproximadamente 10% da população mundial esteja acima do peso saudável e de acordo com algumas estimativas, até 2050 o número de obesos deve ultrapassar a marca de 1 bilhão de pessoas.

Diante deste cenário, é fundamental que os profissionais de saúde estejam por dentro das técnicas e manejos de controle, tanto em relação ao ganho de peso quanto à redução nos níveis de citocinas pró-inflamatórias.

O que é obesidade?

Obesidade é uma doença multifatorial caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo no corpo, principalmente na região da cintura e abdômen. Nos últimos anos, sua prevalência tem atingido todas as camadas da população, inclusive entre crianças e adolescentes.

O resultado deste aumento tem provocado uma preocupação crescente em todo o mundo, com implicações significativas na saúde pública. Além disso, a obesidade encontra-se associada a um risco maior de anormalidades metabólicas, como o diabetes, hiperlipidemia, doenças cardiovasculares, estando relacionada ao desenvolvimento de vários tipos de câncer.

Conforme a comunidade científica, a obesidade não tem cura, mas pode ser controlada e amenizada através de mudanças nos hábitos alimentares, com a prática de atividade física e mediante o controle da ingestão calórica diária.

O que é microbiota intestinal?

A microbiota intestinal é o conjunto de microrganismos vivos que povoam o sistema digestório. Ela é povoada por bilhões de bactérias como os estreptococos, actinobactérias , corinebactérias, lactobacilos e mais de outras 200 espécies diferentes.

Embora a prevalência das bactérias saudáveis esteja sempre em desvantagem, é consenso de que o acúmulo de gordura influencia no equilíbrio da microbiota humana. Isso por que algumas espécies têm a capacidade de influenciar no metabolismo energético, facilitando o o aumento da extração energética dos componentes da dieta, da lipogênese, da permeabilidade intestinal e da endotoxemia, mediada especialmente pelos lipopolissacarídeos. 

Conforme pode-se notar na fisiopatologia da obesidade, a composição da microbiota é diferente em humanos magros e obesos. Dessa forma, uma área de pesquisa em crescimento nos últimos anos tem se concentrado na relação entre os distúrbios metabólicos como a obesidade e a sua influência na microbiota intestinal. 

A microbiota intestinal desempenha um papel essencial na regulação do metabolismo e no controle da inflamação. Sua composição alterada em indivíduos obesos, leva a um estado de desequilíbrio prejudicial, conhecido como disbiose.

Como a inflamação afeta a microbiota e aumenta os riscos de desenvolver a obesidade

Controlar as condições inflamatórias do corpo é primordial para evitar a obesidade e provocar alterações nocivas na microbiota intestinal. Isso porque a obesidade crônica leva a um estado de inflamação de baixo grau, que contribui para o desenvolvimento de condições metabólicas adversas. 

Por outro lado, a microbiota intestinal também desempenha um papel central na modulação da inflamação sistêmica. Portanto, nutrientes, alimentos, suplementos funcionais  e/ou dietas anti-inflamatórias são alternativas importantes no manejo da obesidade.

5 abordagens terapêuticas comprovadas no tratamento da obesidade e/ou desequilíbrios da microbiota 

  1. Probióticos

A prescrição de probióticos pelo nutricionista tem como função reduzir a inflamação nos enterócitos e promover o equilíbrio de microrganismos no trato gastrointestinal, evitando o aumento da produção de citocinas e metabólitos tóxicos.

  1. Prebióticos

Ao usar prebióticos como ferramenta no tratamento da obesidade e síndrome metabólica é possível não apenas “expulsar bactérias causadoras de doenças” como controlar marcadores bioquímicos como a glicose, colesterol LDL e os triglicerídeos.

  1. Dieta anti-inflamatória

A dieta anti-inflamatória fortalece a imunidade natural do corpo e preserva a integridade da barreira intestinal, evitando lesões e a entrada de patógenos. Alimentos como açafrão, cúrcuma, própolis, ômega-3, colágeno entre outros são os mais utilizados, reduzindo as chances da microbiota interferir no aumento de peso.

  1. Glutamina

O uso de glutamina para reforçar as bactérias benéficas no intestino é uma das abordagens de maior sucesso na prática clínica. Além de aumentar o metabolismo energético, este aminoácido está associado a redução dos sintomas da síndrome metabólica como hiperglicemia ou hipertensão.

  1. Dieta hipocalórica

Uma dieta reduzida em calorias é o primeiro passo para o emagrecimento. No entanto, emagrecer com saúde é diferente de emagrecer apenas por déficit calórico. A qualidade dos nutrientes é mais importante do que a quantidade dos alimentos na maioria das vezes.

Papel do nutricionista no tratamento da obesidade e nos quadros de disbiose intestinal

O nutricionista é o profissional de saúde mais indicado para tratar a obesidade e a disbiose intestinal. Através da alimentação e com a ajuda dos nutracêuticos e suplementos pode-se reduzir a prevalência da inflamação relacionada ao aumento de tecido adiposo.

Nesse sentido, a especialização em obesidade e síndrome metabólica capacita os profissionais da área a identificar as causas tanto da obesidade quanto da disbiose e aplicar as melhores condutas baseadas em comprovação e alegações científicas.

A procura por profissionais especialistas no tratamento da obesidade e da síndrome metabólica tem aumentado consideravelmente, principalmente na última década. Então, aqueles com conhecimento atualizado e a frente das novas ferramentas e abordagens na prática clínica tem tudo para tornarem-se referências na sua área de atuação.

Faça sua pós-graduação em obesidade e síndrome metabólica no Instituto LG e torne-se um especialista no tratamento da obesidade e dos distúrbios gastrointestinais!

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